Na cromatografia com fase gasosa, separa-se uma mistura em seus componentes fazendo-se mover um gás sobre um adsorvente estacionário. A separação dos componentes ocorre na coluna, sendo que a coluna fica em um forno com temperatura controlada, que aumenta progressivamente de modo a volatilizar um componente de cada vez.
Figura 1: Esquema de um cromatógrafo.
Uma vez que um certo componente é volatilizado, ele pasa pelo detector, o FID (detector por ionização em chama, na sigla em inglês). O detector é sensível à massa.
\(\displaystyle N_{eff}=16\left( \frac{t_r}{W_b} \right)^2 \) | (1.1) |
Em que tr é o tempo de resposta do composto e Wb é a largura do pico do composto.
\(\displaystyle R_s = \frac{t_{rb} - t_{ra}}{\frac{W_{bA} + W_{bB}}{2}} \) | (1.2) |
Em que tr é o tempo de resposta do composto e Wb é a largura do pico do composto.
\(\displaystyle \alpha = \frac{k_B}{k_A}=\frac{(t_r)_B - t_M}{(t_r)_A - t_M} \) | (1.3) |
Em que kB e kA são os fatores de retenção dos compostos A e B contidos na amostra, sendo A o composto que elui mais rapidamente na coluna.
Determinar as concentrações de n-propanol e etanol em solução de n-hexano utilizando padrão interno.
Antes de tudo, deve-se configurar o cromatógrafo com os parâmetros da tabela 2.1.
Tabela 2.1: Configurações do cromatógrafo
Parâmetro | Valor |
Temperatura do forno | 70 °C |
Temperatura do injetor | 210 °C |
Temperatura do detector | 210 °C |
Vazão | 1,4ml/min |
Split | 70 |
Tempo total | 4 min |
O padrão interno foi o ciclohexano, por apresentar melhor adequação do tempo de resposta entre os analitos etanol e n-propanol.
Tabela 3.1: Pontos de ebulição e constantes dielétricas dos álcoois envolvidos no experimento
Composto | Ponto de ebulição (°C) | Constante dielétrica |
etanol | 65,15 | 32,63 |
metanol | 78,50 | 24,30 |
n-hexeno | 84,16 | — |
iso-propanol | 82,40 | 18,30 |
n-propanol | 97,40 | 20,10 |
ciclohexano | 80,70 | 2,015 |
Os cromatogramas seguem anexos no final do relatório. (não disponível online)
Conforme equação 1.1, considerando dados do cromatograma em anexo, tempo de resposta efetivo 1,548 do n-propanol e largura do pulso igual a 0,068 logo teremos como 8292 pratos teóricos efetivos.
Conforme equação 1.2, considerando os dados do cromatograma em anexo (não disponível online), temos como 12,15 a resolução para entanol e n-propanol.
Conforme equação 1.3, considerando os dados do cromatograma, temos 2,13 a relação entre o etanol e n-propanol.
Tomando como base a concentração do padrão interno de 10mg.l−1 e procedendo em relação direta com as áreas dos picos, conforme cromatograma, temos que a concentração do etanol é de 9,51mg.l−1 e a concentração do n-propanol 12,14mg.l−1.
Com relação aos erros, poderemos considerar apenas os erros aleatórios na hora da injeção do analito na coluna, os demais erros, são corrigidos automaticamente pelo padrão interno e tratamento estatistico do software registrador.
A principal vantagem da cromatografia de fase gasosa é permitir a separação de misturas complexas contendo até 200 compostos, usando amostras pequenas. Por outro lado, a análise é feita com a amostra em estado gasoso e, por isso, os analitos devem ser voláteis. Outra limitação é que materiais iônicos não podem ser separados por este método.
Concluímos que o método de cormatografia de fase gasosa é muito eficiente para determinação precisa de compostos volateis em baixa concentração em volumes de amaostra reduzidos.
O processo de injeção manual do analito na coluna pode causar erros no cromatograma, isto pode ser minimizado com a automatização do processo.
VOGEL, A. I. Análise Química Quantitativa. 6a. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002. 462 p. ISBN 85-216-1311-3.
WEAST, R. C. (Ed.). Handbook of Chemistry and Physics. 63a. ed. Florida: CRC Press, Inc, 1982. ISBN 0-8493-0463-6.